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Suspeita de colocar arsênio em bolo no RS também teria envenenado suco consumido pelo filho, diz delegado

Polícia afirma que filho e marido tomaram suco envenenado em dezembro. Perícia confirmou presença de arsênio na urina do filho de Deise. Exames detectam ar...

Suspeita de colocar arsênio em bolo no RS também teria envenenado suco consumido pelo filho, diz delegado
Suspeita de colocar arsênio em bolo no RS também teria envenenado suco consumido pelo filho, diz delegado (Foto: Reprodução)

Polícia afirma que filho e marido tomaram suco envenenado em dezembro. Perícia confirmou presença de arsênio na urina do filho de Deise. Exames detectam arsênio no marido e no filho de mulher presa por envenenar bolo A Polícia Civil está investigando se Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar um bolo no Rio Grande do Sul, também adicionou arsênio a um suco consumido pelo filho e pelo marido. Na segunda-feira (20), exames detectaram a presença da substância na urina dos dois. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp A investigação trabalha com a hipótese de que o consumo do suco tenha sido intencional, e não por acidente. "Ao que tudo indica, o consumo do suco feito pelo filho da investigada não foi acidental. Então, mais detalhes eu não posso conceder neste momento, mas ele não foi acidental", afirmou o delegado Marcos Vinícius Veloso "Não foi acidental o consumo do suco, seja por parte do marido da investigada, seja por parte do filho da investigada". A investigação aponta que marido e filho de Deise teriam tomado um suco de manga, em dezembro, dias antes da família comer o bolo. Em nota, a defesa de Deise afirma que "não há ainda a disponibilidade dos laudos referentes ao filho de Deise dos Anjos e seu companheiro, razão pela qual no momento não há judicialização das supostas novas vítimas". Deise está presa por suspeita da morte de três pessoas que comeram um bolo envenenado por arsênio. Veja a linha do tempo do caso. A Polícia Civil havia pedido, na última semana, ao Instituto-Geral de Perícias (IGP), a coleta de material genético do marido e do filho da mulher suspeita de envenenar o bolo que matou três pessoas da mesma família em Torres, no Litoral, com arsênio. A polícia tenta entender agora como a farinha com arsênio, usada para fazer o bolo de Natal, foi levada até a dispensa de Zeli dos Anjos. Segundo o delegado, a suspeita esteve na casa no dia 20 de novembro, mais de 1 mês antes das intoxicações e mortes. Bolo envenenado: polícia pede coleta de sangue do marido e filho de suspeita, diz delegado 'Manipuladora', 'fria', 'dissimulada': polícia traça perfil de suspeita de envenenar bolo com arsênio no RS Bolo com arsênio: Polícia Civil vê indícios de 'homicídios em série', e novo corpo pode ser exumado Investigação Zeli dos Anjos e o marido de Deise, Diego Silva dos Anjos, prestaram depoimentos como testemunhas nesta segunda-feira (20), e não são tratados como suspeitos pela polícia. Bolo envenenado foi recolhido ao Instituto Geral de Perícias (IGP) Divulgação/IGP Em nota divulgada no dia 10 de janeiro, a defesa da suspeita Deise Moura dos Anjos, presa temporariamente, alega que "as declarações divulgadas ainda não foram judicializadas no procedimento sobre o caso" e que "aguarda a integralidade dos documentos e provas para análise e manifestação". Polícia diz que sogra era alvo Segundo o delegado, a sogra da suspeita, Zeli dos Anjos, era o principal alvo dos envenenamentos. Delegado Marcos Veloso em coletiva sobre caso do bolo Reprodução/RBS TV "O principal alvo dela era a Zeli. Ela estava no dia 2 de setembro, quando fez o café com leite em pó e tudo mais, junto com seu marido, e também estava no local em que Zeli fez o bolo em Arroio do Sal e ela também consumiu o bolo e também foi para o hospital", diz. Viúvo de mulher que comeu bolo envenenado mostra local onde vítimas passaram mal Depois do caso do bolo ser revelado, a polícia passou a investigar se Deise Moura dos Anjos teria envolvimento também na morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, que morreu em setembro, supostamente por intoxicação alimentar. A polícia exumou o corpo, e exames constataram que ele ingeriu arsênio antes de morrer. O sogro de Deise morreu de infecção intestinal após consumir bananas e leite em pó levados à casa dele pela nora. Após a morte do sogro, um áudio enviado por Deise revela o relacionamento problemático com a família. "A gente tá muito nervoso, muito ansioso, um pouco depressivo também. Ele era um pai maravilhoso, um avô muito querido e a minha sogra é uma peste", diz. Os envenenados De acordo com a Polícia Civil, sete pessoas da mesma família estavam reunidas em uma casa, durante um café da tarde, quando começaram a passar mal. Apenas uma delas não comeu o bolo. Zeli dos Anjos, que preparou o alimento, em Arroio do Sal e levou para Torres, também foi hospitalizada. Entenda quem é quem no caso do bolo em Torres Três mulheres morreram com intervalo de algumas horas. Tatiana Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva tiveram parada cardiorrespiratória, segundo o hospital. Neuza Denize Silva dos Anjos teve como causa da morte divulgada "choque pós-intoxicação alimentar". A mulher que preparou o bolo, Zeli dos Anjos, recebeu alta do hospital nesta sexta-feira (10). Segundo o delegado Marcos Vinícius Veloso, ela foi a única pessoa da casa a comer duas fatias. Uma criança de 10 anos, que também comeu o bolo, foi liberada na semana anterior. Nota da defesa de Deise "A defesa da acusada Deise, representada pelo escritório Cassyus Pontes Advocacia, vem se manifestar no sentido de que houve acesso aos laudos preliminares do IGP, quanto aos fatos ocorridos na Comarca de Torres, bem como o da exumação do corpo do Sr. Paulo Luiz dos Anjos. Desta forma, já há contato com peritos criminais particulares para avaliação da documentação oficial e notícias veiculadas pelos meios midiáticos. Entretanto, não há ainda a disponibilidade dos laudos referentes ao filho de Deise dos Anjos e seu companheiro, razão pela qual no momento não há judicialização das supostas novas vítimas. Deise permanece recolhida com prisão temporária, a investigação segue, e conforme decisão judicial, ainda restam diligências a serem realizadas para a elucidação dos fatos no inquérito. Cassyus Pontes Advocacia" VÍDEOS: Tudo sobre o RS